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Yoga e religião

Atualizado: 20 de out. de 2022

Você já relacionou yoga com religião?

Muita gente já. Eu mesma já ouvi por aí que praticar yoga era “adorar aqueles deuses estranhos” ou que “quem começa a fazer yoga vai virar budista”. Mas esse tipo de fala, além de carregar uma forte intolerância religiosa, também não faz o menor sentido.


Jesus Cristo e Buda foram yogis exemplares em seus tempos. Ambos pregavam - e viviam - o amor, a paz, o autoconhecimento, a meditação. Ambos se afastavam de grandes templos, para ouvir o sábio silêncio da natureza e, a partir dos seus ensinamentos, foram fundadas duas religiões distintas - uma delas sequer concebe a existência de um deus.


Por isso, limitar o yoga a uma crença religiosa é como limitar o conceito de luz a uma lâmpada acesa.


Não se trata de religião, seita ou adoração. Yoga é filosofia de vida, e uma filosofia muito bem embasada em conhecimentos orientais milenares - sobre corpo, mente, comportamento e sim, sobre espiritualidade.


Seria igualmente reducionista descrever esse estilo de vida a uma prática corporal, já que cada postura, respiração e ensinamento abrange o ser humano em sua integralidade. Portanto, é de suma importância colocá-lo no lugar que lhe cabe, com o objetivo que lhe pertence - nada a mais, nem a menos:


Todo o sistema filosófico do yoga converge em um só propósito: o samadhi.


Samadhi é um estado de iluminação que não se explica, se vive. É descrito como uma meditação tão profunda, que nada no mundo material é capaz de romper. É um estágio da alma onde não há mais desejo nem dor, apenas se é.


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